segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Ma musique

Uma coisa que eu defendo é a liberdade de opinião, como eu gosto de expressar a minha, estou sempre me policiando para deixar os outros darem as suas sem interrupções. Ao contrário do que possa parecer, deixar os outros falarem o que querem não vai me impedir de dar a minha opinião sobre as opiniões deles.
Isso acontece muito com a música, eu respeito opiniões e opções musicais mas tenho as minhas e deixo bem claro. Me considero bastante eclético, mas não totalmente. Posso até ouvir AC/DC, Luan Santana, RATM, Calypso e Pink Floyd, meu problema está em ouvir essas bandas nessa sequência! Esse é o problema das rádios POPs, elas tocam Tik-Tok da Ke$ha, depois Money do "Roger Waters", depois Imma Be do Black Eyed Peas e assim por diante no shuffle mais incoerente possível.
Há muito tempo que percebi uma coisa que segue uma regra (ou uma lei...): o POP é pobre! Fazer músicas que falam de putaria, dor de cotovelo ou amor impossível é tão fácil quanto se molhar na chuva (se duvidar, então tenta). Escrever rimas como acreditar e amar, feliz e sempre quis ou em mim e teve fim é tarefa difícil para uma criança de 5 anos, mas deixa ela aprender a escrever... Difícil mesmo é viver com esse criticismo impregnado na gente, não posso ouvir qualquer estação de rádio que dalí um pouco já toca uma música dessas e com ela vem uma vontade de ser rico e pagar pra essa gente parar de fazer música.
O mundo da música é tão fétido que as coisas legítimas não tocam no rádio. Antes de ser exposto ao público, um artista passa por uma grande maquiagem, constrói-se uma imagem dele e depois se apresenta uma coisa que ele já não é mais. É muito fácil notar que um artista está investindo muito dinheiro na sua carreira, se ele tiver apenas um hit e aparecer em todos programas de TV e ainda fazer parte da trilha da novela é certo que há montanhas de dinheiro envolvidas, mas nem sempre vê-se qualidade na música.
Você tem todo o direito de gostar dessas músicas asquerosas que ficam impregnadas nas nossas cabeças, assim como eu tenho o direito de odiar as músicas, os artistas, as gravadoras, as rádios e o público.

Ah sim, como eu disse no começo, eu defendo é a liberdade de opinião, se quiser comentar o post não tem problema! Mas não espere que eu deixe de rebater...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Tatu-bola

Bom, quando a "educação" (eu chamo de ensino) está uma merda, a segurança é quase nula, o transito é um caos, a saúde está doente e a infraestrutura é uma piada, não é a cultura que deve andar em primeiro lugar. E eu concordo com a ideia da prefeitura de deixar a manutenção do Auditório Araújo Viana nas mãos de empresários, ainda mais aqueles que são especializados ou que tem uma dívida com a prefeitura. Cercar o patrimônio público é uma medida de segurança para que vândalos não depredem, para que criminosos não habitem o lugar e para que usuários de drogas não aproveitem o espaço, e tudo o que eu digo foi apenas o que eu vi antes da obra, não sei se há mais coisas ainda. Sei que nós não teremos contato como o prédio por fora, mas pra quem procura cultura o interessante está lá dentro, por isso estamos ganhando com o cercamento. Desde muito antes de começarem a reforma, havia um espaço ao lado que era cercado e nunca ninguém reclamou. Acho que quem precisa entrar no cercado é aquele cara que tem que tocar numa obra de arte quando vai no museu, mesmo que tenha uma corrente delimitando claramente o espaço dele.
Chefia, a obra já foi feita, tu não vai voltar a fumar teu baseado sentado no morrinho. Acho que enquanto a obra transcorria essa gente ficava se babando esperando que tirassem os tapumes.
Preparativo para o número das facas em 15/10/12 às 12:30

E no caso do Largo Glênio Peres, dizer que ali houve higienização social/cultural não é verdade, ainda vejo o cara das facas, os piás das gaitas, os índios das flautas e a cambada de evangélicos convertendo o pessoal na rua. O problema é que eu passo por ali, e o pessoal que derruba o tatu fica no face organizando suas badernas e se alienando com as teorias da conspiração. A manifestação que teve na sexta depois da derrubada do tatu foi legítima, os caras se encontraram no mesmo local e foram até a Cidade Baixa a pé, mostraram pra muita gente que não concordam com o fechamento do bairro durante a noite/madrugada.
Agora, dizer que iam fazer uma ciranda em torno do bicho não cola, filha! Se tu abre o portão da minha casa eu te bato, e se for mais que um eu chamo a polícia, assim como deve ter feito a Coca Cola. E o fato do boneco estar em praça pública é discutível, mas não é certo (e nem racional) atacá-lo. Se transpuseram o cercado que claramente delimita a distancia, a polícia tinha o direito de afastar os transgressores.
Assim como os protestantes excederam os limites (bem delimitados), a polícia também extrapolou bastante.
Não podemos nos confundir e acabar aceitando essa generalização que os "revolucionários" estão pregando. Protestar é correto e necessário, mas existem limites. A especulação imobiliária é evidente e já era esperada, e eu acredito que é ela que está fechando os bares, mas ela não está atingindo os artistas do diurno.
A apresentação das facas no Largo Glênio Peres dia 15/10/12

As flautas na praça dia 15/10/12
Mas eu não posso dar minha opinião adequadamente, eu sou diferente desses guerrilheiros da liberdade, e quando um policial está com a arma apontada pra minha cara eu não costumo provocar, por isso eu não entendo essas pessoas, sou só um mané que vive alienado e complacente com a conspiração instaurada na cidade.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Jogos Políticos

Não sei desde quando, talvez desde antes de eu nascer, mas acho que os jogos olímpicos desviaram um bocado do seu propósito. Hoje este é um evento predominantemente comercial, onde o produto maior não é a superação, a força e a determinação de cada competidor ou nação, mas sim de cada marca patrocinadora.
O resultado do evento não é relevante, muito antes da próxima competição já se haverá esquecido os vencedores desta edição, tanto quanto seus nomes.
Contando com isso temos a equipe mais merecedora de medalhas, a de Brasília. Nossos políticos foram os atletas que demonstraram a maior superação ao tratar das crises com descaso sabendo que não haverá grande retalhação do povo.
É perigoso tratar protestantes como crianças, ignorando suas reivindicações, mas quando se tem um escudo mágico que faz a atenção de todos se voltar para outro continente fica bem mais fácil ser imprudente e descompromissado. Mas a maior jogada de toda a história foi agendar o julgamento mais aguardado ultimamente para um período que, coincidentemente, coincide com os Jogos Olímpicos. Acho que depois disso cada político mereceria 3 medalhas, uma de bronze, uma de prata e uma de ouro, porque não tem pra ninguém, eles são os melhores, a melhor equipe do mundo, talvez até do universo. Me sinto extremamente orgulhoso num país governado por mentes tão brilhantes.
Esse julgamento do mensalão foi uma surpresa pra mim, achei que nunca aconteceria. Ainda acho esquisito pois acabei de me dar conta que não somente é crime pagar propina como também é recebê-la, e nesse meu raciocínio, se a situação está pagando é por que tem alguém recebendo, e nesse caso é a oposição. Portando, todos políticos estão com os seus Excelentíssimos rabos presos.
Eu me pergunto o que será de nós, os bocós, se esse julgamento não der em pizza? Vamos ficar desgovernados?

terça-feira, 24 de julho de 2012

Nonotchon

É reconfortante acordar falando um palavrão bem gordo! Acho que é uma ferramenta instintiva pra diminuir a raiva que a gente vai sentir durante o resto do dia.
Pra não ficar muito abstrato, vou direto ao assunto:
Hoje, 24/07/2012, a previsão do tempo diz que a temperatura em Porto Alegre vai variar entre 7°C e 20°C com chuva e vento fraco. Bom, enquanto eu tentava forçar meu corpo a sair de baixo das cobertas, eu estava ouvindo o noticiário da TV e a jornalista disse que hoje estava "calorzinho"... aahrhh fala sério! por onde anda essa mulher? ela anda dando a previsão de Cuiabá??? uma pessoa dessas precisa rever conceitos básicos de clima e temperatura, será que ela não sabe que a temperatura ambiente é 25°C e só acima disso se chama "calorzinho"?
Eu levantei imediatamente e, já muito indignado, tentei entender qual o motivo que leva uma pessoa a ser tão feliz e otimista. Não tem nenhuma explicação razoável pra isso, talvez ela não precisou tomar banho no chuveiro elétrico, talvez ela não precisou andar de ônibus com as janelas abertas, talvez ela estivesse no estúdio (eu nem vi, logo que ouvi já desliguei a TV), mas certamente essas ainda não são respostas que solucionam esse caso.
Mesmo contrariado, acabei me vestindo de acordo com a previsão de "calorzinho", foi a melhor coisa que fiz! Agora eu fico rindo da minha idiotice (já que estou passando frio só de blusão) ao invés de chorar de raiva da previsão.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Transito

O transito está ficando cada vez mais medonho, há coisas que acontecem que não se pode imaginar, acidentes que aconteciam somente em auto-estradas e grandes metrópoles começaram a acontecer na frente de nossas casas.
Mas há explicações bastante óbvias para essa bizarresca nova realidade: mais carros nas ruas, carros mais potentes, maior uso corriqueiro, falta de habilidade de alguns motoristas, falta de experiência de muitos motoristas, imprudência de outros, etc.
Algumas dessas coisas não podem ser corrigidas com muita facilidade (talvez nem com dificuldade) porque fazem parte do "progresso", e aí o buraco é mais embaixo. Mas diminuir o uso corriqueiro é uma tarefa que depende apenas de nós, de nos acostumar a erguer nossos traseiros gordos e ir no mercadinho da esquina a pé, depende de exigirmos melhorias no transporte público para que tenhamos condições de trocar carros por ônibus quando possível.
A falta de experiência é imposição do código de transito, acho que poderiam existir áreas de treinamento onde pessoas com pouca experiência pudessem treinar além das 20 horas durante o processo de habilitação ou após terem seu documento em mãos.
Mas o pior dos motivos de acidentes que vejo é a disparidade, os abobados que querem ultrapassar todo mundo (na maioria das vezes sem sinalizar) são um problema para a segurança do transito, mas são tão perigosos quanto as lesmas que se arrastam fazendo todos os ultrapassarem. Essas duas situações alteram o fluxo e quando isso acontece há grandes chances acontecerem acidentes. Por isso eu sempre digo "go with the flow". Quando todos andam com o fluxo, não existem motivos para acidentes, andando a 110 km/h na FreeWay ou a 20 km/h na Av. da Azenha só terá uma colisão se alguém estiver em velocidade diferente. Portanto, é preciso respeitar a sinalização, os pedestres e os outros condutores. E chega de colocar a culpa nos outros, temos que fazer uma auto-análise e ver se não estamos tentando ser os donos da rua.

sábado, 23 de junho de 2012

Serviço Público

É natural pensar que uma pessoa que ingressa no serviço público de forma espúria tende a realizar um mau trabalho. Porém, não é essa a razão dos servidores serem, em geral, incompetentes e/ou desleixados com  com suas tarefas. A baixa qualidade do serviço público é culpa da cultura que temos, é culpa nossa, da sociedade inteira.
Nós, os brasileiros, não pensamos muito logicamente, não trabalhamos com regras claras seguindo cursos bem definidos. Essa nossa cultura tem bastante vantagens geralmente (e principalmente) quando se trata de um indivíduo, ou de poucos, mas essas nossas características já ficam medonhamente problemáticas quando tratamos de toda a comunidade.
As coisas ruins acontecem porque não tomamos as devidas providencias, porque deixamos pro outro, porque adiamos, porque escondemos, et cetera. Quando percebemos incompetência, falta de vontade ou desleixo de um servidor devemos denunciar, devemos expôr a deficiência para que ela seja tratada e para garantir o nosso direito de receber um bom serviço em troca do nosso dinheiro. Parece que não pagamos os servidores públicos, parece realmente que fomos vendados para não ver que pagamos R$16.000.000,00 (dezesseis milhões) por mês somente para deputados federais e senadores pendurarem seus casacos, articularem sua próxima candidatura e nos fazerem de trouxas, parece que aceitamos de boa essa ideia de entidades divinas fazendo pagamentos.
Mas meu foco não está nos maus, penso nisso pelos competentes e dedicados que estão sendo colocados no mesmo saco por nós, por nós que somos os culpados pela incapacidade dos outros. Nosso problema não é só por causa da cultura que temos, é também por causa da falta das ferramentas que necessitamos para arrumar essa zorra, e esses instrumentos estão nas mãos dos incompetentes e eles tem direito adquirido, direito que é nosso e que não usamos porque seguimos o curso que nos é indicado.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

INFORTÚNIO

Recebi um e-mail versando sobre a eleição para reitor da UFRGS, ele faz um “resumo” das duas chapas. Eis o conteúdo:
---
CHAPA 1
* A Favor da GREVE e grande responsável pela mesma no segmento dos TÉCNICOS.
* Contraria ao Parque Tecnológico Burguês e Elitista;
* Contrária a interação com EMPRESAS capitalistas e exploradoras dos trabalhadores;
* A Favor dos 70% de COTAS que fazem justiça social e diminuem a opressão burguesa;
* A Favor de DERRRUBAR o MURO excluidor, racista e fascista que separa o CAMPUS do VALE da Vila de Viamão;
* A Favor de poupar dinheiro e não desperdiçar com a criação de cursos noturnos que normalmente apresentam baixo desempenho;
* Tem grande apoio dos grupos de luta revolucionária

CHAPA 2
* Criadora do Parque Burguês e Elitista que chamam de: PARQUE TECNOLÓGICO;
* A Favor do relacionamento da Universidade com as EMPRESAS capitalistas;
* Responsável por construir o MURO que CERCA o VALE excluidor impede a relação social entre os ESTUDANTES e os moradores da VILA;
* A favor de desperdiçar dinheiro com cursos noturnos, mesmo sabendo que eles apresentam desempenho insatisfatório;
* Colocou o WIRELLES burguês por todo o lado ao invés de comprar computadores e dar para os alunos que não tem condições de comprar um.
* É apoida pelos alienados burgueses da universidade que não querem uma universidade popular de massas e para as massas;
---
Vou rebater sucintamente esses pontos:
Primeiro: Não tenho certeza dos pontos colocados em nome da chapa 1, mas falarei sobre isso mais a diante;
Segundo: Qual o motivo das empresas capitalistas e “exploradoras dos trabalhadores” não contribuírem financeiramente com o desenvolvimento intelectual da sociedade?
Terceiro: Muro “excluidor”? Os moradores da vila não poderão mais entrar no Campus? Acho que é uma tentativa de evitar que traficantes matem pessoas em frente aos estudantes, que assaltantes se refugiem, que marginais deixem de entrar com armas em punho nos laboratórios, etc. Não acho que seja um muro “segregador”, e sim um muro protetor, pois haverá apenas uma entrada no Campus, na qual os moradores ainda poderão utilizar se quiserem. E outra, o nome é Campus do Vale e não Residencial do Vale.
Quarto: Desperdiçar dinheiro com cursos noturnos que tem menor rendimento??? Claro seu idiota! Quem vai trabalhar das 8:00 as 17:00 e terá o mesmo rendimento que um pequeno burguês que estuda no diurno?
Quinto: 70% de cotas? Claro, eu que sou um ignorante! Se alguém pode estudar na rede privada (mesmo sendo pobre mas inteligente e ter estudado com bolsa) quer dizer que é burguês elitista e não merece o melhor ensino do Estado e 3º melhor do país. [faz sentido?]
Sexto: O candidato da chapa 1 é o professor Jairton, conhecido por ser um dos 100 maiores pesquisadores do mundo, será que ele conseguiu fazer todas as suas pesquisas sem apoio dos capitalistas exploradores? Pelo que eu conheço da UFRGS e do Governo Federal, ele não recebeu 10% de financiamento público.
É muita hipocrisia num texto só!

Mas o ponto principal é que eu fui sorteado para receber essa titica, nenhum dos meus colegas recebeu esse e-mail, isso é a Lei de Murphy na minha cola! Toda essa asneira comunista me deixou de cara...

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Reality Show

Até onde as coisas são reais? Até onde a cultura, a informação e o conhecimento são importantes? Será que essas pessoas que se julgam super inteligentes não passam de grandes ignorantes?
Meu maior medo é compreender minha ignorância, sei que não sei ordenhar uma vaca, ou pilotar um avião, ou fazer um transplante de coração, mas enquanto eu não souber tudo o que eu não sei e quanto conhecimento cada uma dessas tarefas envolve fica fácil pensar que eu sei alguma coisa.
Já o meu segundo maior medo é desconhecer minha ignorância e me portar como um sabe tudo e parecer um tosco. Vejo que quanto mais a gente estuda uma coisa e conhece aquilo tão bem, mais a gente se distancia da realidade por começar a fazer parte daquilo que rodeia nosso dia a dia. É fácil constatar isso perguntando para um Pós Doc em Análise do Decaimentos de Mésons Híbridos qual o melhor ônibus para ir ao hospital mais próximo. Bom, peguei pesado nesse exemplo mas a lógica é essa.
Em geral, a gente tem vivido nas nossas realidades paralelas e cada vez menos estamos nos importando com coisas comuns. Faça sua autoavaliação regularmente e questione-se se você ainda sabe dar bom dia, agradecer, pegar ônibus, se alimentar, contar o troco ou ficar feliz/triste/com fome/com sono/com problemas/solteiro/casado/etc/etc/etc e ainda fazer essas coisas sem postar em redes sociais.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Esporte?

Vamos começar do início, do conceito. Esporte é uma atividade física que pode ser praticada individualmente ou coletivamente e tem por objetivo melhorar o bem-estar físico, mental e social.
Portanto, pagar para ficar sentado durante noventa minutos gritando como uma gata no cio proferindo insultos para a mãe do Badanha e bebendo feito um porco não se encaixa na definição de esporte tanto quanto ser pago para desenvolver uma atividade diária com compromisso contratual sob pena de multa e demissão.
Vejamos o futebol europeu, por exemplo, ir ao estádio não é esporte tanto quanto não é para os jogadores, parar eles é compromisso. Mas os jogadores tem uma função social fundamental que é o entretenimento, e eles são muito bons nisso, dão seu espetáculo e beiram a arte durante o tempo em que se apresentam. Isso também pode ser dito do futsal brasileiro, que mesmo sem muita exposição na mídia, os jogadores dão seus espetáculos.
Se Maomé conhecesse o futebol brasileiro acabaria sentindo muita inveja, pois o "pricipal 'esporte' do Brasil" move enormes montanhas com a força dos outros. Somos nós os motores dessas montanhas, somos nós 'que financiamos essa merda', somos nós que damos dinheiro e atenção pra esse circo que também tem as mãos cheias de dinheiro público.
Esporte de verdade é jogar bola com os amigos, andar de bike com as crianças, surfar e tomar uns caldos, etc. Esporte é fazer isso tudo quando se quer, sem compromisso de vencer, sem necessidade de provar qualquer coisa, fazendo apenas pra se divertir e aproveitando os efeitos colaterais.
Mas com certeza isso que a gente vê na TV não é esporte, isso é entretenimento, e esse futebol brasileiro é entretenimento de segunda que traz rivalidade entre amigos e dor de cabeça e custo para sociedade.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Surprise

Há um tempo eu li uma notícia que dá um pouco de esperança. Pois bem, é o seguinte, o digníssimo presidente dos EUA está propondo limites de emissão de CO2 para as novas plantas de geração de energia, esse limite ficaria em 1000 ppMWh. Bom, eu não sei quanto é isso e nem espero que alguém saiba, mas uma informação muito relevante é que as usinas de gás natural alcançam isso com certa facilidade, já as usinas que utilizam queima de carvão não tem como chegar perto disso, portanto, não serão mais construídas se esse projeto for aprovado. (fonte: TNYT)
Esse comprometimento [muito atrasado] dos norte-americanos com o meio ambiente vem junto com o comprometimento [muito maior] dos chineses e também dos europeus [um tanto contido]. Todos eles envolvidos em "salvar" o mundo dos gases tóxicos, melhorando as fontes de energia das nossas casas e carros. E isso realmente é comprometimento, se combinaram entre si e decidiram fazer isso, o que não é como a troca dos lendários V8 por pequenos, novíssimos, ultratecnológicos, potentes e econômicos motores V6, pois aí a diferença fica no bolso e não nos pulmões.
Algumas das medidas que os governos vêm tomando são caras, com retorno financeiro quase nulo e com baixo valor de autopromoção.
O problema é a queda de braço entre a sociedade e a indústria. Assim é aqui no Brasil, onde a sociedade se orgulha da sua "energia limpa" e pede para aumentá-la e alguns setores fazem um enorme esforço para barrá-la. Aqui vemos propagandas caras contra o aumento das hidroelétricas, mas não vemos um estudo sério sobre uma alternativa de fonte energética. Querem apanas barrar o crescimento sem se preocupar com apagão, desaceleração do crescimento e tudo mais que vem por consequência. Por favor, senhores protestantes, deem uma fonte mais limpa, mais barata e mais eficiente que as hidrelétricas, vocês parecem crianças com seus argumentos medíocres discutindo com um adulto.

[Itaipú x Candiota]

Espero que essa gente mala pare de atravancar e ajude a construir regras como as do EUA, que são bastante surpreendentes e bem inspiradoras.

Tarifa-rifa-rifa...

Se fossemos questionar a lógica dos impostos brasileiros teríamos que reservar um bom tempo pra esse raciocínio, mas pra não me perder no pensamento eu resumo um pouco.
Bom, mesmo sendo controversa a ideia de taxar o desenvolvimento, vamos lá... quando a pessoa produz uma matéria-prima ela paga imposto, se ela pagar pra alguém fazer por ela, soma-se o imposto pra ter um empregado; se alguém comprar a matéria-prima vai pagar imposto, se usar a matéria-prima pra produzir algo, vai pagar mais imposto e se ela pagar pra alguém fazer por ela, soma-se o imposto pra ter um empregado; se for uma peça que faz parte de um conjunto que será montado por um terceiro, isso pode se repetir mais uma vez, ou quantas forem necessárias até chegar no comércio, onde ganhará mais um imposto antes de chegar nas nossas mãos.
Pink Floyd não é tão psicodélico quanto esse raciocínio dos impostos. Se a gente não considerar o imposto que incide sobre cada transporte que o produto sofre (combustível, taxa alfandegária, etc.) percebemos que pagamos duas ou três vezes esses três ou quatro impostos que são acrescentados ao custo dos produtos. Mas esse é o custo de andar com um tanque, se o Estado Brasileiro fosse um "popular" a gente pagaria bem menos impostos.
Com 513 Deputados Federais, 81 Senadores e 13 Ministros, só poder público federal no DF custa R$16.206.900,00 por mês, sem considerar seus custos adicionais que são maiores que isso. Se pudéssemos malhar esse corpinho e deixa-lo mais barato, poderíamos pensar em diminuir a carga tributária que sai do nosso bolso. A ideia nem é diminuir impostos, mas sim, receber melhores serviços em troca. O problema é que essa "retaxação" parece um tanto imoral, indigna, abusiva, etc. Se parar pra pensar a gente enjoa!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Apapúú...

Eu não posso deixar de defender o uso do palavrão. Sou um usuário confesso e faço uso sempre que possível. Sinto a falta dos palavrões pra me expressar graficamente e formalmente, sendo que, mesmo quando falo formalmente, as vezes, percebo que escapou um ou outro e rezo pra ninguém ter percebido. Palavões são palavras relativas (deveriam criar essa classe de palavras no Português), pois dependendo da frase em que é colocado, do local onde é falado ou de quem está utilizando, suas proporções e consequências têm variações infinitas e impensáveis.
[outra característica única do palavrão (s.m.) é que ele é uma palavra (s.f.), portanto, hibrido(a)]
Como não tenho formação em Letras com especialização em Português Forence, vou parar de esmiuçar a parte gráfica e formal pra entrar no meu terreno, de onde acumulo dois PhD: o uso do palavrão como ferramenta de comunicação social.
No comportamento de uma pessoa fica aparente que ela  usa um grande número de palavrões. Palavras "feias" dão liberdade de expressão, e quem as usa tem mais facilidade em interagir, quando estão falando formalmente pode-se perceber o uso dos palavrões pois acabam existindo muitas lacunas na fala. O uso do palavrão também serve como identidade, conhecemos algumas pessoas pelo calão do seu vocabulário.
E se fizermos um paralelo entre fala e escrita iremos notar que quando estamos conversando podemos deixar palavras em negrito, pra isso basta falar mais alto. Pra deixar as palavras em itálico a gente deve falar pausadamente. Agora, pra sublinhar alguma coisa, a única maneira é utilizar um palavrão associado.
Exemplo:
1) Escrevendo - "Fui no Zaffari e, ao contrário dos abobados, não peguei fila nenhuma, foi rápido."
2) Conversando - "Fui no ZAFFARI (falando em um tom mais alto) e, ao contrário dos abobados, não peguei fila ne-nhu-ma (falando pausadamente), foi rápido PRA CARÁÁÁLHO (neste momento pode-se usar os outros dois modos associados)."
Ser certinho e falar corretamente não vai te dar mais cultura ou te mandar pro céu, ser puritano e se intimidar com o vocabulário sujo dos outros só vai te deixar com cabelos brancos e deixar com imagem de bocó. Hoje em dia até as velhinhas tão mandando uns "áicifudê" por aí, eu que não vou contrariar...


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Comportamento Computacional

Como é bom receber tudo na mão, como é bom ser bem atendido! É tudo muito bom mas tem um preço. Pra cada bom atendimento que queremos, devemos contrapor com simpatia e inteligência. Existe gente que acredita que não precisa agradecer o garçom por que ele está fazendo apenas o seu serviço, eu não penso assim, agradeço todos que lembro de agradecer - as vezes eu acabo esquecendo -, o garçom que risca na minha comanda, o carteiro que traz minha correspondência, o professor que soluciona minha dúvida, etc. Agradecer não é uma coisa que está na moda, mas xingar quando não se tem tudo como se quer está super na moda... tem gente que vai lá pedir um favor e se esse não pode ser feito, já era! insultos ilimitados certamente serão ditos, não na frente da pessoa que negou o favor, é claro, pois quem faz isso não tem hombridade suficiente.
Parece que criamos uma cultura individualista que tem o poder de nos cegar, vemos os problemas que criamos ou adquirimos como uma afronta de quem não pode ceder algo. O certo seria facilitar o trabalho dos outros para que eles pudessem facilitar nossa vida, mas isso é muito difícil de entrar em certas cabecinhas.
A gente sofre de um egoísmo sem tamanho, queremos ser atendidos na hora que entendemos ser própria, não pensamos nos problemas ou necessidades de quem nos atende, não nos importamos com quanto difícil será a tarefa e não nos dispomos a ajudar. Quando alguém senta seu traseiro e fica esperando que as coisas aconteçam parece preguiça mas eu asseguro que não é não, isso é puro desleixo e egoísmo. Não devemos condenar cada pessoa por isso, talvez se fossem casos isolados, mas não é o caso. Estamos vivendo numa coletividade individualista e nesse contesto é aceitável que as pessoas tratem os outros como máquinas.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Inovação

Sempre que eu ouvia a palavra inovação me vinha à cabeça a imagem de uma pessoa super criativa com seu modo "cool" de ser. Bom, agora eu sei que essa imagem só passa na cabeça de retardados! Pois há casos de criatividade na inovação, mas esses são casos raríssimos. A inovação que conhecemos hoje é comercial, é apenas propaganda para aumentar as vendas.
Vou dar como exemplo a industria automobilística [que pelo seu tamanho e descompromisso conosco é meu maior alvo]:
Inovação em um carro é criar um belo disign, mudar o tamanho, trocar o tipo de iluminação do painel, etc. Isso até parece criatividade mas não passa de conceitos que qualquer escolinha universidade ensina, e os profissionais da industria saem proliferando essas ideias, que são compostas apenas de ganancia, para criar veículos mais vendíveis.
Criatividade seria estudar o público local e produzir veículos próprios para cada região, seria automatizar o carro com comandos eletrônicos [parece que eletrônica embarcada é algo futurista mas o F/A-18 Hornet criado em 70 não voaria sem controles eletrônicos] e retirar a alavanca de marchas e aquela bendita coluna central, que só serve para dificultar a limpeza do carro (sua retirada faria o carro diminuir 1/5 da sua largura pelo menos), etc. *Eu poderia falar bem mais dessa industria mas iria fugir ao ponto.
Agora eu sei que a inovação não vem da criatividade, e sim da reformulação de conceitos pré-determinados, conservadores e antigos. Basta ver que as coisas, cada vez mais, parecem retrô.
Esse comodismo me incomoda seriamente, fica praticamente impossível encontrar uma desculpa pra essa condição. Podemos pontuar como razões a passividade dos criativos, a preguiça do mercado, o nosso comodismo e muitas outras coisas que se somam e geram essa zorra. Eu queria continuar sendo um retardado e não me importar se uma coisa nova é realmente nova...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia intergalático das mulheres

Hoje é dia 8 de março, o dia que simboliza o gênero mais frágil (tão frágil que faz o suporte da família, que mantem a estrutura familiar rígida), dia dedicado às incapazes (tão incapazes que cuidam, ao mesmo tempo, de filhos, maridos, pais, casa, trabalho e um pouco de si), dia das excluídas (que se forem realmente excluídas... sei lá, nem imagino!).
Eu não vejo com emoção esse dia, se sinto emoção é tristeza. É o mesmo que sinto com o dia da consciência negra ou do orgulho gay, eu realmente não queria que nenhum desses dias existissem, queria que fossemos todos tratados igualmente mesmo com nossas diferenças. Eu nunca me achei um cara comum, mesmo sendo homem, branco e hetero, sou especial como todas outras pessoas, tão especial quanto todas mulheres e homens de todas cores, opções sexuais e tudo mais. Acho que por isso trato as pessoas igualmente, com respeito e atenção que eu queria receber.
Acho que se eu fosse mulher não estaria me orgulhando desse dia, muito menos da lei, a ser sancionada no dia 13, que iguala o salário em relação ao gênero. É uma desonra criar mecanismos para dar valor às mulheres. As mulheres são o alicerce da sociedade, é um crime histórico esse desrespeito e falta de consideração que ainda são dados à elas.
Espero que um dia ele seja extinto e eu não lembre que esse dia existiu (não pelo Alzheimer, mas pela falta de lógica e descostume)!
Parabéns, mulheres, por esse dia conquistado com muito sangue e suor! E que venham mais peleias para vocês deixarem essa data só na lembrança.

terça-feira, 6 de março de 2012

Ziriguidum

Ah que coisa essa política do Brasil heim!? Há algum tempo comecei a perceber a existência de um tal de CNJ (Concelho Nacional de Justiça), órgão que existe desde 2004, e que tem sido bem comentado nos últimos tempos. Bom, mas aí vem a pergunta: "Só porque se trata de serviço público deve ser tratado como política?". É, serviço publico não deveria estar relacionado com política, mas está!
[Quero só colocar um porém, não temos ouvido falar do CNJ e sim da sua corregedoria, por isso quase sempre visualizamos a imagem da ministra Eliana Calmon quando escutamos o termo CNJ]
Hoje eu falo de dois assuntos, o primeiro é a diferença entre política e serviço público e o segundo é a simplificação da imagem do CNJ.
Só parei pra pensar agora e acabei percebendo como eu era burro! Até agora eu aceitei numa boa essa palhaçada de política, mas não dá mais, chega a ser revoltante essa história de servidores públicos fazendo política (Pra quem ainda não entendeu, pare pra pensar nos termos como são usados...). Os indivíduos devem fazer política enquanto estão na posição de candidatos, depois que são eleitos eles devem servir a sociedade com o trabalho ao qual são pagos pra fazer e devem parar com camaradagens, firulas e propagandas de si mesmos. Os caras passam metade do tempo (que custa caro no meu bolso) trabalhando pra si, estruturando sua próxima candidatura e agradando quem vai lhe eleger no próximo cargo que vai pleitear. O pior é que as pessoas estão aceitando serem agradadas em troca de votos, parecem cegos que não percebem a enganação. Esses caras tem o dever de nos servir, eles fazem menos que o mínimo das suas tarefas e a gente acha lindo quando eles resolvem um probleminha entre milhares, o pior é que eles fazem pra agradar quem tem o rabo deles preso ou tem um favor em haver. A política no Brasil é uma coisa linda, tão linda que há profissão chamada "político" (???).
E falando de CNJ, pra amenizar o clima, estou bastante orgulhoso de testemunhar o bom trabalho que esse órgão tem feito, na verdade eu não lembro direito de todas as ações, mas são dignas de reverências. Os incentivos que eles tem dado para as promotorias com premiações, as ações de popularização da justiça [Outro porém: é meio que quase terminantemente inconcebível usar a intervenção de alguém pra tornar a justiça justa!], enfim, a grande relevância de um órgão tão novo é motivo de orgulho pra mim. Agora, ter todo esse tamanho reduzido a imagem de caçador de bruxas é lastimável!!! O CNJ vem fazendo trabalho que não precisaria se os magistrandos que querem sua cabeça tivessem probidade. Pobre da V. Exª Ministra Eliana Calmon que por ser justa e dar a cara a tapas tem, por ter que dar coletivas e explicações, trabalhado muito menos que gostaria, suponho. Ah se eu fosse ela!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Direitos humanos

Os direitos humanos não passam de uma expressão idiomática. É uma expressão utilizada para encerrar discussões que tratam de violência, põe-se em prática para desarticular argumentos, muitas vezes argumentos legítimos, lógicos e significativos.
Quando se trata de direitos humanos não se leva em conta a cultura ao redor do fato, os direitos humanos são iguais para todos os humanos mesmo que todos eles sejam tratados diferentemente, percebo que querem tratar o Brasil como um país desenvolvido, vamos combinar que assim não dá!
Num país onde o cara vai preso e sua posição social diz se ele vai ser algemado ou não... (tempo pra respirar) ...fica difícil falar em direitos humanos, direitos iguais, direitos, etc. Num país onde apenados comem, de graça, melhor que estudantes... é difícil!
Pra mim é difícil aceitar que um bandido seja melhor tratado que sua vítima, e que não exista a possibilidade da sociedade receber desse indivíduo uma contribuição real e efetiva em resposta aos atos que ele cometeu ou em resposta ao investimento financeiro que os cidadãos aplicam na sua recuperação. Pra mim é difícil até mesmo aceitar a criminalidade recorrente de certos indivíduos, se minha opinião contasse um grande número de criminosos enfrentariam a pena de morte! "WOW! Nossa, esse cara é um lunático!!!" dirão os adeptos aos direito humanos... e eu direi que lunáticos são aqueles que acreditam que um verme condenado mais que 3 vezes por homicídio, agressão, etc, ainda pode se regenerar. Há uma certa infantilidade nessa crença no homem!
Acho que direito humano não se aplica em muitos outros casos por aqui, enfim, não se aplica plenamente numa sociedade como a nossa, aqui a gente vê criminosos fazendo gozo de direitos humanos e vítimas sem seu direito de justiça.
O melhor dos direitos humanos pro Brasil!
Por mim os direitos humanos poderiam dar uma volta e só retornar quando nossos governantes e legisladores fossem sérios, íntegros, honestos e comprometidos.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Transporte coletivo

Alguém já percebeu que nas principais vias de Porto Alegre (e na maioria das cidades) os carros estão ocupados apenas pelos seus motoristas? Bom, eu percebi isso e andei pensando um pouco, tentei saber qual o motivo dessas pessoas não utilizarem transporte público. O primeiro motivo que pensei foi o conforto, depois pensei no custo mas quase descartei, quase! Resolvi fazer uma análise de caso, o meu caso:
Para ir pro campus do vale da UFRGS, saindo da minha casa em Canoas, faço uma pequena viagem. Tenho 3 opções de locomoção:
TREM:
Se utilizar Integração Canoas (ônibus/trem) eu pago R$3,10 (R$1,40 de ônibus + R$1,70 de trem) e mais R$2,85 do urbano de Porto Alegre. Se somar ida e volta fica tudo em R$11,80. Eu fico sentado no Integração 20min, no trem 15min em pé (se conseguir entrar) e no urbano 45min sentado se der sorte, o que dá ceca de 2h no total se considerar os tempos de espera.
ÔNIBUS:
Se utilizar ônibus/ônibus eu pago R$3,10 do intermunicipal e mais R$2,85 do urbano de Porto Alegre, Somando os mesmos R$11,80. Ganhamos no tempo, que fica em 45min para cada, e quase sempre se vai sentado nos dois.
CARRO:
Considerando que se eu fosse de carro, rodaria 45Km com velocidade média de 50 Km/h e consumo médio de 12Km/l e se a gasolina tem custo de R$2,65 então minha viajem custa cerca de 30min e R$9,95.

É tentador ir de carro pois leva muito menos tempo e custa menos. Não vou pois tenho os arregos de estudante e na real indo com a primeira opção eu pago menos de R$7,00. Só quando quero ir descansado pra aula vou de carro, e vale muito a pena! Compro meu conforto por três reais...

Tabela de preços do transporte entre Canoas e Porto Alegre

Segundo essa tabela acima, se eu usar um sistema de carona e cobrar de 4 colegas R$15,00 ao mês, vou de carro por 1 real a menos que usando as vantagens de estudante, se eu fosse todos os dias e os levasse sempre eu poderia cobrar o que eles gastam de passagem, ou seja R$71,25 (falcatruagem...). Bom, se eu cobrar R$50,00 de cada não vou precisar tirar nem 1 real do meu bolso e eles economizam R$21,25, além de todos irmos confortavelmente.

Isso não se aplica só a mim, isso seria vantajoso para todos individualmente e muito mais na coletividade. O sistema de transporte público não é a melhor solução para diminuir o volume de veículos, poluição, etc, sem falar nas suas várias falhas em conforto, segurança, valor e horário. Se adotássemos o transporte coletivo (sistema de caronas) haveria um enorme aproveitamento de recursos e a diminuição do volume de veículos nas ruas para 1/5 (um quinto) ou 20%. Seriam 140 mil veículos ao invés de 700 mil.

Mas isso depende da diminuição do nosso egoísmo, depende de pensarmos no próximo! Não tenho esperança que um dia verei todos carros (ou pelo menos a maioria deles) com mais de um ocupante.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Manutenção

É muito fácil criar ou adquirir algo que queremos, é fácil se compararmos com o esforço para mantê-lo. Por exemplo, esse blog foi criado em poucos minutos, meu problema é manter a regularidade nas postagens com um mínimo de qualidade e abordando os temas com uma visão parecida. Esse é um exemplo muito tosco mas cumpre sua função!
Se pensarmos em qualquer outra coisa (exceto as exceções) podemos ver que a dificuldade da manutenção é uma regra. Nossa ignorância e falta de análise sobre aquilo que acabamos possuindo é o motivo dessa dificuldade.
Quando queremos comprar um notebook, por exemplo, se pesquisamos sobre o aparelho achamos que estamos fazendo muito mas acabamos esquecendo que vamos querer o conforto de um mouse para usar em casa, vamos ter que trocar alguma tomada pois os "eletros" novos vem com a bendita tomada nova, etc.
Quero saber de quem pensa em ter um carro se, antes de escolher o modelo, pensa quantos quilômetros vai rodar por mês, quanto vai gastar de garagem, quanto custa o seguro, qual o tipo de uso que vai dar ao carro, etc.
Já pensei em ter um carro muitas vezes, há quase 10 anos considero essa possibilidade, mas sempre que lembro o custo da manutenção desisto da ideia.
Acredito que pior do que a frustração de não ter algo é a frustração de tê-la e não poder mantê-la. Essas histórias de financiamento em 450 vezes acaba facilitando de mais a compra, mas quando vamos fazer a manutenção só podemos fatiar em 6 vezes...
A gente não tá raciocinando mais, se parássemos pra pensar no tempo que precisamos pra manter metade das coisas que compramos, veríamos que precisamos de mais vidas pra aproveitá-las ao máximo.

sábado, 21 de janeiro de 2012

O rádio não morreu

Sempre defendi que o rádio é melhor que a TV, nunca soube dizer bem o porquê, mas agora eu sei!
Além da TV ser maquiada, feita para passar uma "boa imagem", seus programas gastam muito tempo de edição desde a hora em que são gravados até a hora em que vão ao ar. Esse delay vai matar a TV assim como a conhecemos, essa falta de dinamismo, a censura e o reaproveitamento está sendo percebido cada vez mais e assim ela nunca vai se comparar ao rádio. TV é um instrumento estritamente de entretenimento, não se pode querer ser muito bem informado assistindo TV e lendo jornal, fazendo isso conseguimos apenas não cair num poço de ignorância.
O rádio pode noticiar coisas que estão na internet na hora em que acontecem, sem editores, redatores, o caramba, apenas o apresentador, seu PC e o operador da mesa de áudio. Pode-se abranger noticias mundias, nacionais, estaduais e regionais tanto quanto a TV, mas as noticias locais que tratam daquele bairro na região metropolitana, só mesmo as rádios locais podem dar.
No meu dial (FM) há uma rádio cultural do governo, uma rádio de noticias nacionais, duas com noticias regionais e mais umas quinze que tocam musicas e noticiam coisas específicas para seu tipo de ouvinte, e sei que tem uma no bairro vizinho ao meu que fala coisas que vejo todos os dias. Na frequência AM eu nem sei direito o que tem, mas sei que todas têm seu público.
Fiquei decepcionado em ver que a história (um tanto idiota) da "Luiza que está(va) no Canadá" foi noticiada com um delay de 8 dias. Fizeram isso pelo seu "comprometimento" ou seja lá porquê, só sei que no rádio os apresentadores já brincavam com isso no segundo dia. O rádio tem essa liberdade que a TV, acredito eu, nunca terá!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

BBB... sim, vou falar de BBB

Nossa, pegaram pesado!
(Bom, antes de tudo, tenho que avisar que sou simpatizante da teoria da conspiração. Escreverei sobre isso, mas não agora.)
O BBB chega na sua 12ª edição, e como fazer para manter a audiência? Sabemos que no final todo mundo assiste ou sabe o que rola por lá, mas havia um tempo que pouca gente se interessava pelos primeiros dias do programa. Se eles vivem de merchandising é interessante que tenha uma vasta audiência desde o início, talvez isso seja até cobrado dos patrocinadores.
Acho que se eu pedir 2 minutos de reflexão sobre o tema nem seja necessário que eu continue, mas enfim...
Não acreditei que jogariam tão baixo e nem que seria na primeira semana, mas talvez por ser tão absurdo é que tenha sido feito, há menos desconfiança assim inesperadamente. Todos estão assistindo o BBB pra ver que fim vai levar o ocorrido, todos sites estão noticiando, as emissoras concorrentes estão falando sobre o programa nos seus noticiários. É um carnaval! A arrecadação deve estar enorme, além de número de PPV também deve ter aumentado o valor dos patrocínios.
Eu evito ao máximo saber do programa pois sei que não me agrega nada e quanto menos me prender nele mais posso saber de outras coisas que sejam relevantes. Minha tarefa de fugir do BBB tá ficando difícil, entre comentários e críticas há pouco tempo de sossego para olhos e ouvidos. Isso já está fora de controle, não há a opção de ser ignorante. É decepcionante ver que o programa tem, nas suas vinhetas diárias, mais tempo de exibição que programas sobre ciência, tecnologia e ecologia em uma semana.
Um boicote nos ajudaria a longo prazo, mas é uma tarefa cansativa chegar a um número relevante de "desertores". Por fim sou refém do programa e da genialidade maquiavélica dos seus mantenedores. Eu gostaria de ter um antispam que me protegesse dos comentários sobre BBB.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Protesto!

Vou protestar contra os protestadores, contra os bloqueadores chatos, contra aqueles que atrapalham meu transito, contra aqueles que impedem o funcionamento de serviços básicos.
Acho essa forma de protesto tão bárbara quanto infantil, é muito mais inteligente colocar um nariz de palhaço, uma melancia no pescoço e um cartaz nas costas. Se 20 pessoas fizerem isso ficando num raio de 5 metros uma da outra elas não atrapalharão ninguém e atraírão muito mais simpatizantes à sua causa, também abramgendo um grande número de espectadores.
Alguns protestos são tão toscos que não se sabe sobre o que se tratavam, só se sabe que deram dor de cabeça pra todos. Há protestos que são lembrados por vandalismos e desnecessidades, uma palhaçada digna de picadeiro.
E aqueles contra a lei e a ordem, como os da USP? Pois eu queria ver se ao invés de fumando maconha eles estivessem asteando fogo em arvores, aposto que haveria uma multidão tentando linchar esses delinquentes. É uma ideia pouco inteligente protestar contra a prisão de pessoas que consumiram substancias ilicitas (crime previsto em lei), o que eles pensam ao fazer isso? Caros amigos, isso não me interessa, e como dizia minha avó: "Dois erros não fazem um acerto".
O protesto é uma maneira de tentar mudar uma coisa que está errada utilizando caminhos indiretos, já que não se tem o poder de fazê-lo diretamente. Isso não concede o direito de desrespeitar os outros ou de transgredir as leis. Não se acomodem! Mas também não incomodem...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Hino do absurdo

Hinos deveriam ser trocados periodicamente, não há uma constancia nos valores de um município, estado ou país, e se o hino conta uma história é praticamente controverso ele ter uma idade avançada, pois obviamente uma parte da história estaria de fora.
Bom, essa idéia é totalmente absurda, quem acredita que alguém iria decorar um hino que é trocado a cada 10 anos, ou 4 anos caso acompanhe as trocas de governo, já é extremamente difícil lembarem de um hino com 90 anos, imagine com 4. Seria até um tanto inútil e desaconselhavel por desfazer a identidade da nação representada.
Não há o que se fazer, eles deveriam ter sido melhor escritos para abranger genericamente a identidade do povo local. Só não podemos aceitar que os representantes não saibam, ou não lembrem nossos hinos. Em jogos de futebol internacionais, por exemplo, todos os jogadores pertencentes a nação a qual representam deveriam estar cantando o seu hino, é o mínimo que se deveria esperar desses representantes.
Mas essa idéia também é absurda, quem espera que políticos e jogadores de futebol saibam hinos? Eles tem atividades muito mais relevantes que conhecer quem representam, ou a história destes. Essa ingenuidade do povo me enjoa. (Ora eu cobrando esse absurdo... não faço nem por mim, qual seria o motivo de cobrar deles? O dinheiro que eu pago? Irrelevante!)