quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Black Blocs

Quero dizer novamente que apoio os movimentos sociais e que acredito na mobilização popular como nossa maior ferramenta de evolução. E, mais uma vez, repito que até para nos defender devemos respeitar certos limites. A violência empregada nas últimas manifestações é a imagem de playboys arruaceiros entediados que se agarram numa desculpinha esfarrapada para vandalizar e se acharem os nossos salvadores.
Há muita diferença entre defender interesses comuns e brincar de maloqueiro. Nem estou colocando na minha pauta o pessoalzinho de DCEs que querem aparecer como promotores do bem comum, que deveriam, antes de qualquer coisa, promover algum bem para as suas universidades, ao invés de promover sua futura carreira política.

Extrapolar os limites ordinários faz parte de uma manifestação, exceder a ponto de se tornar algo carnavalesco pode ser ideal quando se quer deixar uma marca, mas a marca de uma mobilização social não deve ser a violência, nunca! Por mais que não seja ideal, sempre há algum emprego de violência de ambas as partes nesses conflitos, mas dizer que foi um policial que jogou um morteiro contra o cinegrafista Santiago é a coisa mais irracional, antidemocrática e alienada que uma criatura pode fazer.
Além de ser um absurdo impensável um policial usar um rojão, quando pode utilizar seu belíssimo lança-granadas, a imprensa do mundo todo está confirmando a versão de que foram os vândalos playboys que assassinaram o inocente trabalhador em serviço ( falei como os reacionários socialistas para eles verem como é irritante). E esses burros idióticos são o tipinho mais ignorante que eu já ouvi falar, até meu cachorro sabe que não se mata um jornalista, é a única classe na qual não se coloca um dedo se não estiver afim de ser julgado rapidamente e receber uma condenação pesada.

Fora que, pelo menos em Porto Alegre, esses arruaceiros avacalharam com tudo. O prefeito parou de peidar por medo de protestos, não aumenta a passagem do ônibus porque vão sair na rua quebrando tudo. O transporte está uma porcaria e uma melhora exige um preço, eu não me importaria de pagar dez centavos a mais para andar no bus com ar, eu pago bem mais pra andar de carro com o ar desligado. Se houvesse ônibus para todos os lugares, confortáveis e saindo com intervalos de dez minutos, eu pagaria até R$ 3,20 ao invés dos atuais R$ 2,85, e acredito que toda a população racionalmente adulta concorda comigo.
Dá vontade de dar uma surra de cinta em um por um desses adultilóides desocupados.