quarta-feira, 25 de abril de 2012

Esporte?

Vamos começar do início, do conceito. Esporte é uma atividade física que pode ser praticada individualmente ou coletivamente e tem por objetivo melhorar o bem-estar físico, mental e social.
Portanto, pagar para ficar sentado durante noventa minutos gritando como uma gata no cio proferindo insultos para a mãe do Badanha e bebendo feito um porco não se encaixa na definição de esporte tanto quanto ser pago para desenvolver uma atividade diária com compromisso contratual sob pena de multa e demissão.
Vejamos o futebol europeu, por exemplo, ir ao estádio não é esporte tanto quanto não é para os jogadores, parar eles é compromisso. Mas os jogadores tem uma função social fundamental que é o entretenimento, e eles são muito bons nisso, dão seu espetáculo e beiram a arte durante o tempo em que se apresentam. Isso também pode ser dito do futsal brasileiro, que mesmo sem muita exposição na mídia, os jogadores dão seus espetáculos.
Se Maomé conhecesse o futebol brasileiro acabaria sentindo muita inveja, pois o "pricipal 'esporte' do Brasil" move enormes montanhas com a força dos outros. Somos nós os motores dessas montanhas, somos nós 'que financiamos essa merda', somos nós que damos dinheiro e atenção pra esse circo que também tem as mãos cheias de dinheiro público.
Esporte de verdade é jogar bola com os amigos, andar de bike com as crianças, surfar e tomar uns caldos, etc. Esporte é fazer isso tudo quando se quer, sem compromisso de vencer, sem necessidade de provar qualquer coisa, fazendo apenas pra se divertir e aproveitando os efeitos colaterais.
Mas com certeza isso que a gente vê na TV não é esporte, isso é entretenimento, e esse futebol brasileiro é entretenimento de segunda que traz rivalidade entre amigos e dor de cabeça e custo para sociedade.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Surprise

Há um tempo eu li uma notícia que dá um pouco de esperança. Pois bem, é o seguinte, o digníssimo presidente dos EUA está propondo limites de emissão de CO2 para as novas plantas de geração de energia, esse limite ficaria em 1000 ppMWh. Bom, eu não sei quanto é isso e nem espero que alguém saiba, mas uma informação muito relevante é que as usinas de gás natural alcançam isso com certa facilidade, já as usinas que utilizam queima de carvão não tem como chegar perto disso, portanto, não serão mais construídas se esse projeto for aprovado. (fonte: TNYT)
Esse comprometimento [muito atrasado] dos norte-americanos com o meio ambiente vem junto com o comprometimento [muito maior] dos chineses e também dos europeus [um tanto contido]. Todos eles envolvidos em "salvar" o mundo dos gases tóxicos, melhorando as fontes de energia das nossas casas e carros. E isso realmente é comprometimento, se combinaram entre si e decidiram fazer isso, o que não é como a troca dos lendários V8 por pequenos, novíssimos, ultratecnológicos, potentes e econômicos motores V6, pois aí a diferença fica no bolso e não nos pulmões.
Algumas das medidas que os governos vêm tomando são caras, com retorno financeiro quase nulo e com baixo valor de autopromoção.
O problema é a queda de braço entre a sociedade e a indústria. Assim é aqui no Brasil, onde a sociedade se orgulha da sua "energia limpa" e pede para aumentá-la e alguns setores fazem um enorme esforço para barrá-la. Aqui vemos propagandas caras contra o aumento das hidroelétricas, mas não vemos um estudo sério sobre uma alternativa de fonte energética. Querem apanas barrar o crescimento sem se preocupar com apagão, desaceleração do crescimento e tudo mais que vem por consequência. Por favor, senhores protestantes, deem uma fonte mais limpa, mais barata e mais eficiente que as hidrelétricas, vocês parecem crianças com seus argumentos medíocres discutindo com um adulto.

[Itaipú x Candiota]

Espero que essa gente mala pare de atravancar e ajude a construir regras como as do EUA, que são bastante surpreendentes e bem inspiradoras.

Tarifa-rifa-rifa...

Se fossemos questionar a lógica dos impostos brasileiros teríamos que reservar um bom tempo pra esse raciocínio, mas pra não me perder no pensamento eu resumo um pouco.
Bom, mesmo sendo controversa a ideia de taxar o desenvolvimento, vamos lá... quando a pessoa produz uma matéria-prima ela paga imposto, se ela pagar pra alguém fazer por ela, soma-se o imposto pra ter um empregado; se alguém comprar a matéria-prima vai pagar imposto, se usar a matéria-prima pra produzir algo, vai pagar mais imposto e se ela pagar pra alguém fazer por ela, soma-se o imposto pra ter um empregado; se for uma peça que faz parte de um conjunto que será montado por um terceiro, isso pode se repetir mais uma vez, ou quantas forem necessárias até chegar no comércio, onde ganhará mais um imposto antes de chegar nas nossas mãos.
Pink Floyd não é tão psicodélico quanto esse raciocínio dos impostos. Se a gente não considerar o imposto que incide sobre cada transporte que o produto sofre (combustível, taxa alfandegária, etc.) percebemos que pagamos duas ou três vezes esses três ou quatro impostos que são acrescentados ao custo dos produtos. Mas esse é o custo de andar com um tanque, se o Estado Brasileiro fosse um "popular" a gente pagaria bem menos impostos.
Com 513 Deputados Federais, 81 Senadores e 13 Ministros, só poder público federal no DF custa R$16.206.900,00 por mês, sem considerar seus custos adicionais que são maiores que isso. Se pudéssemos malhar esse corpinho e deixa-lo mais barato, poderíamos pensar em diminuir a carga tributária que sai do nosso bolso. A ideia nem é diminuir impostos, mas sim, receber melhores serviços em troca. O problema é que essa "retaxação" parece um tanto imoral, indigna, abusiva, etc. Se parar pra pensar a gente enjoa!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Apapúú...

Eu não posso deixar de defender o uso do palavrão. Sou um usuário confesso e faço uso sempre que possível. Sinto a falta dos palavrões pra me expressar graficamente e formalmente, sendo que, mesmo quando falo formalmente, as vezes, percebo que escapou um ou outro e rezo pra ninguém ter percebido. Palavões são palavras relativas (deveriam criar essa classe de palavras no Português), pois dependendo da frase em que é colocado, do local onde é falado ou de quem está utilizando, suas proporções e consequências têm variações infinitas e impensáveis.
[outra característica única do palavrão (s.m.) é que ele é uma palavra (s.f.), portanto, hibrido(a)]
Como não tenho formação em Letras com especialização em Português Forence, vou parar de esmiuçar a parte gráfica e formal pra entrar no meu terreno, de onde acumulo dois PhD: o uso do palavrão como ferramenta de comunicação social.
No comportamento de uma pessoa fica aparente que ela  usa um grande número de palavrões. Palavras "feias" dão liberdade de expressão, e quem as usa tem mais facilidade em interagir, quando estão falando formalmente pode-se perceber o uso dos palavrões pois acabam existindo muitas lacunas na fala. O uso do palavrão também serve como identidade, conhecemos algumas pessoas pelo calão do seu vocabulário.
E se fizermos um paralelo entre fala e escrita iremos notar que quando estamos conversando podemos deixar palavras em negrito, pra isso basta falar mais alto. Pra deixar as palavras em itálico a gente deve falar pausadamente. Agora, pra sublinhar alguma coisa, a única maneira é utilizar um palavrão associado.
Exemplo:
1) Escrevendo - "Fui no Zaffari e, ao contrário dos abobados, não peguei fila nenhuma, foi rápido."
2) Conversando - "Fui no ZAFFARI (falando em um tom mais alto) e, ao contrário dos abobados, não peguei fila ne-nhu-ma (falando pausadamente), foi rápido PRA CARÁÁÁLHO (neste momento pode-se usar os outros dois modos associados)."
Ser certinho e falar corretamente não vai te dar mais cultura ou te mandar pro céu, ser puritano e se intimidar com o vocabulário sujo dos outros só vai te deixar com cabelos brancos e deixar com imagem de bocó. Hoje em dia até as velhinhas tão mandando uns "áicifudê" por aí, eu que não vou contrariar...


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Comportamento Computacional

Como é bom receber tudo na mão, como é bom ser bem atendido! É tudo muito bom mas tem um preço. Pra cada bom atendimento que queremos, devemos contrapor com simpatia e inteligência. Existe gente que acredita que não precisa agradecer o garçom por que ele está fazendo apenas o seu serviço, eu não penso assim, agradeço todos que lembro de agradecer - as vezes eu acabo esquecendo -, o garçom que risca na minha comanda, o carteiro que traz minha correspondência, o professor que soluciona minha dúvida, etc. Agradecer não é uma coisa que está na moda, mas xingar quando não se tem tudo como se quer está super na moda... tem gente que vai lá pedir um favor e se esse não pode ser feito, já era! insultos ilimitados certamente serão ditos, não na frente da pessoa que negou o favor, é claro, pois quem faz isso não tem hombridade suficiente.
Parece que criamos uma cultura individualista que tem o poder de nos cegar, vemos os problemas que criamos ou adquirimos como uma afronta de quem não pode ceder algo. O certo seria facilitar o trabalho dos outros para que eles pudessem facilitar nossa vida, mas isso é muito difícil de entrar em certas cabecinhas.
A gente sofre de um egoísmo sem tamanho, queremos ser atendidos na hora que entendemos ser própria, não pensamos nos problemas ou necessidades de quem nos atende, não nos importamos com quanto difícil será a tarefa e não nos dispomos a ajudar. Quando alguém senta seu traseiro e fica esperando que as coisas aconteçam parece preguiça mas eu asseguro que não é não, isso é puro desleixo e egoísmo. Não devemos condenar cada pessoa por isso, talvez se fossem casos isolados, mas não é o caso. Estamos vivendo numa coletividade individualista e nesse contesto é aceitável que as pessoas tratem os outros como máquinas.