terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Liberdade Condicional

Eu sempre achei um tanto controversa essa ideia de liberdade, esse conceito tão defendido pelos estadunidenses, só que no caso dos americanos o conceito é uma filosofia de vida, mas é tão filosófico quanto o que ouço na bodega. A liberdade deles é tão surreal quanto a bola quadrada do Kiko, todos conhecemos, sabemos como é, mas ela nunca existiu.
Para eles, a liberdade é uma ideia forte, por isso a penitência dos criminosos é a perda da sua liberdade. No Brasil nunca fomos livres, sentimos a coleira do poder público nos enforcar constantemente, por isso a ideia de perder a liberdade não nos incomoda tanto. Penitência para nossos criminosos é ter que trabalhar, fazer algo produtivo, fazer algo que vá contra nossa identidade de curtidores, de descansados, de tranquilos, etc.
Assim como os americanos, vivemos em liberdade condicional, podemos fazer qualquer coisa no mundo que pudermos algum dia imaginar, contanto que seja permitido. Podemos ter acesso a qualquer informação nos jornais, desde que seja sobre futebol, ou que tenha sido devidamente manipulada, podemos ir a qualquer lugar sem ter medo de ser assaltado, desde que não tenhamos medo de ser assaltados, ou que fiquemos bem presos em casa, podemos comprar qualquer coisa que sonharmos, desde que não sonhemos, ou desde que trabalhemos como cond...(opa! esqueci que aqui condenados não trabalham) ... idiotas.
Tive uma leve impressão que nossa condição de completos tapados seria extinguida depois das ondas de protesto contra tudo. (Acredito que o resultado do julgamento do mensalão foi modificado pelos protestos, como disse em outros posts, não acreditava que teria qualquer condenação.)

Mas depois que os protestos foram confundidos com baderna, houve pouco em que eu pudesse acreditar. Voltei à minha condição de fantoche. Mas até a copa tudo vai estar resolvido, sairemos da liberdade condicional e seremos totalmente livres para ver os jogos.