quarta-feira, 21 de março de 2012

Inovação

Sempre que eu ouvia a palavra inovação me vinha à cabeça a imagem de uma pessoa super criativa com seu modo "cool" de ser. Bom, agora eu sei que essa imagem só passa na cabeça de retardados! Pois há casos de criatividade na inovação, mas esses são casos raríssimos. A inovação que conhecemos hoje é comercial, é apenas propaganda para aumentar as vendas.
Vou dar como exemplo a industria automobilística [que pelo seu tamanho e descompromisso conosco é meu maior alvo]:
Inovação em um carro é criar um belo disign, mudar o tamanho, trocar o tipo de iluminação do painel, etc. Isso até parece criatividade mas não passa de conceitos que qualquer escolinha universidade ensina, e os profissionais da industria saem proliferando essas ideias, que são compostas apenas de ganancia, para criar veículos mais vendíveis.
Criatividade seria estudar o público local e produzir veículos próprios para cada região, seria automatizar o carro com comandos eletrônicos [parece que eletrônica embarcada é algo futurista mas o F/A-18 Hornet criado em 70 não voaria sem controles eletrônicos] e retirar a alavanca de marchas e aquela bendita coluna central, que só serve para dificultar a limpeza do carro (sua retirada faria o carro diminuir 1/5 da sua largura pelo menos), etc. *Eu poderia falar bem mais dessa industria mas iria fugir ao ponto.
Agora eu sei que a inovação não vem da criatividade, e sim da reformulação de conceitos pré-determinados, conservadores e antigos. Basta ver que as coisas, cada vez mais, parecem retrô.
Esse comodismo me incomoda seriamente, fica praticamente impossível encontrar uma desculpa pra essa condição. Podemos pontuar como razões a passividade dos criativos, a preguiça do mercado, o nosso comodismo e muitas outras coisas que se somam e geram essa zorra. Eu queria continuar sendo um retardado e não me importar se uma coisa nova é realmente nova...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia intergalático das mulheres

Hoje é dia 8 de março, o dia que simboliza o gênero mais frágil (tão frágil que faz o suporte da família, que mantem a estrutura familiar rígida), dia dedicado às incapazes (tão incapazes que cuidam, ao mesmo tempo, de filhos, maridos, pais, casa, trabalho e um pouco de si), dia das excluídas (que se forem realmente excluídas... sei lá, nem imagino!).
Eu não vejo com emoção esse dia, se sinto emoção é tristeza. É o mesmo que sinto com o dia da consciência negra ou do orgulho gay, eu realmente não queria que nenhum desses dias existissem, queria que fossemos todos tratados igualmente mesmo com nossas diferenças. Eu nunca me achei um cara comum, mesmo sendo homem, branco e hetero, sou especial como todas outras pessoas, tão especial quanto todas mulheres e homens de todas cores, opções sexuais e tudo mais. Acho que por isso trato as pessoas igualmente, com respeito e atenção que eu queria receber.
Acho que se eu fosse mulher não estaria me orgulhando desse dia, muito menos da lei, a ser sancionada no dia 13, que iguala o salário em relação ao gênero. É uma desonra criar mecanismos para dar valor às mulheres. As mulheres são o alicerce da sociedade, é um crime histórico esse desrespeito e falta de consideração que ainda são dados à elas.
Espero que um dia ele seja extinto e eu não lembre que esse dia existiu (não pelo Alzheimer, mas pela falta de lógica e descostume)!
Parabéns, mulheres, por esse dia conquistado com muito sangue e suor! E que venham mais peleias para vocês deixarem essa data só na lembrança.

terça-feira, 6 de março de 2012

Ziriguidum

Ah que coisa essa política do Brasil heim!? Há algum tempo comecei a perceber a existência de um tal de CNJ (Concelho Nacional de Justiça), órgão que existe desde 2004, e que tem sido bem comentado nos últimos tempos. Bom, mas aí vem a pergunta: "Só porque se trata de serviço público deve ser tratado como política?". É, serviço publico não deveria estar relacionado com política, mas está!
[Quero só colocar um porém, não temos ouvido falar do CNJ e sim da sua corregedoria, por isso quase sempre visualizamos a imagem da ministra Eliana Calmon quando escutamos o termo CNJ]
Hoje eu falo de dois assuntos, o primeiro é a diferença entre política e serviço público e o segundo é a simplificação da imagem do CNJ.
Só parei pra pensar agora e acabei percebendo como eu era burro! Até agora eu aceitei numa boa essa palhaçada de política, mas não dá mais, chega a ser revoltante essa história de servidores públicos fazendo política (Pra quem ainda não entendeu, pare pra pensar nos termos como são usados...). Os indivíduos devem fazer política enquanto estão na posição de candidatos, depois que são eleitos eles devem servir a sociedade com o trabalho ao qual são pagos pra fazer e devem parar com camaradagens, firulas e propagandas de si mesmos. Os caras passam metade do tempo (que custa caro no meu bolso) trabalhando pra si, estruturando sua próxima candidatura e agradando quem vai lhe eleger no próximo cargo que vai pleitear. O pior é que as pessoas estão aceitando serem agradadas em troca de votos, parecem cegos que não percebem a enganação. Esses caras tem o dever de nos servir, eles fazem menos que o mínimo das suas tarefas e a gente acha lindo quando eles resolvem um probleminha entre milhares, o pior é que eles fazem pra agradar quem tem o rabo deles preso ou tem um favor em haver. A política no Brasil é uma coisa linda, tão linda que há profissão chamada "político" (???).
E falando de CNJ, pra amenizar o clima, estou bastante orgulhoso de testemunhar o bom trabalho que esse órgão tem feito, na verdade eu não lembro direito de todas as ações, mas são dignas de reverências. Os incentivos que eles tem dado para as promotorias com premiações, as ações de popularização da justiça [Outro porém: é meio que quase terminantemente inconcebível usar a intervenção de alguém pra tornar a justiça justa!], enfim, a grande relevância de um órgão tão novo é motivo de orgulho pra mim. Agora, ter todo esse tamanho reduzido a imagem de caçador de bruxas é lastimável!!! O CNJ vem fazendo trabalho que não precisaria se os magistrandos que querem sua cabeça tivessem probidade. Pobre da V. Exª Ministra Eliana Calmon que por ser justa e dar a cara a tapas tem, por ter que dar coletivas e explicações, trabalhado muito menos que gostaria, suponho. Ah se eu fosse ela!