terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Liberdade Condicional

Eu sempre achei um tanto controversa essa ideia de liberdade, esse conceito tão defendido pelos estadunidenses, só que no caso dos americanos o conceito é uma filosofia de vida, mas é tão filosófico quanto o que ouço na bodega. A liberdade deles é tão surreal quanto a bola quadrada do Kiko, todos conhecemos, sabemos como é, mas ela nunca existiu.
Para eles, a liberdade é uma ideia forte, por isso a penitência dos criminosos é a perda da sua liberdade. No Brasil nunca fomos livres, sentimos a coleira do poder público nos enforcar constantemente, por isso a ideia de perder a liberdade não nos incomoda tanto. Penitência para nossos criminosos é ter que trabalhar, fazer algo produtivo, fazer algo que vá contra nossa identidade de curtidores, de descansados, de tranquilos, etc.
Assim como os americanos, vivemos em liberdade condicional, podemos fazer qualquer coisa no mundo que pudermos algum dia imaginar, contanto que seja permitido. Podemos ter acesso a qualquer informação nos jornais, desde que seja sobre futebol, ou que tenha sido devidamente manipulada, podemos ir a qualquer lugar sem ter medo de ser assaltado, desde que não tenhamos medo de ser assaltados, ou que fiquemos bem presos em casa, podemos comprar qualquer coisa que sonharmos, desde que não sonhemos, ou desde que trabalhemos como cond...(opa! esqueci que aqui condenados não trabalham) ... idiotas.
Tive uma leve impressão que nossa condição de completos tapados seria extinguida depois das ondas de protesto contra tudo. (Acredito que o resultado do julgamento do mensalão foi modificado pelos protestos, como disse em outros posts, não acreditava que teria qualquer condenação.)

Mas depois que os protestos foram confundidos com baderna, houve pouco em que eu pudesse acreditar. Voltei à minha condição de fantoche. Mas até a copa tudo vai estar resolvido, sairemos da liberdade condicional e seremos totalmente livres para ver os jogos.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Título da Coluna

Eu estava dando uma olhada na versão "on the line" de um jornal e me deparei com a coluna Esportes, mas acho que não haveria prejuízo algum ao mudar o nome da coluna para Futebol. Das oito notícias que estavam estampadas, oito eram sobre futebol. Essa doença do fanatismo futebolístico me causa reações bem adversas, sinto muita tristeza ao ver que VOCÊ sofre disso e acha que não está perdendo nada por uma coisa que não agrega bosta nenhuma e, ao mesmo tempo, acho muito engraçado ver e ouvir àqueles comentaristas. Essas peladas que a gente assinte na Tv tomam um volume maior quando são narradas pelos profissionais do comentarismo. Com um vocabulário rebuscado e atenção aos mínimos detalhes, eles parecem parlamentares que falam as maiores asneiras com tom de nobreza mas sem relevância alguma.
É engraçado como esse tipo de entretenimento é defendido pelas redes de informação, até mesmo o grande número de atos de violência cometidos pelos torcedores são relevados com muita facilidade.
Acho que enquanto o futebol for relevante para o povo brasileiro estaremos na mesma pindaíba. Chamar treinador de professor é um insulto (mútuo), porque professor nenhum tem carreira acadêmica
menor que 15 anos e porque treinador nenhum trabalha por R$ 800,00. Mas isso não tem importãncia nesse post, vim reinvindicar que esses programas e colunas de esporte passem a dizer que tratam
de futebol, pois é isso que recebemos. Os programas de TV, por exemplo, têm 80% do conteúdo sobre futebol, 10% de propaganda e 10% sobre todos os outros esportes existentes na galáxia, portanto, não mostram nada de nada além do futebol.
Acho que somos suficientemente muito burros, não precisamos de tanta alienação quanto temos acesso. Os canais de notícia esportiva poderiam ser o que dizem que são.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Supressão do auto-incremento colaborativo

Evolução não é um evento inerte, o próprio termo nos leva a esperar exatamente o contrário. Mas muitas vezes esse termo não é corretamente utilizado quando tratamos de um ser humano em particular. Costumamos falar de evolução para nos referir àquela pessoa que cresce, ou se desenvolve fisicamente, mesmo que ela permaneça com a mesma mentalidade, esquecemos que desenvolver o raciocínio é uma parte importante da nossa evolução, se não for a mais importante.
Esse desenvolvimento não infere que devemos apagar o que sabemos, a maneira como nos comportamos e nossos hábitos para então assumir novas idéias e ideais. Desenvolver é somar uma nova carga àquela que já temos, dispensando somente o que não convém. A chave para um bom crescimento está no equilíbrio entre arriscar no novo e conservar o que é bom do velho.
E manter vivas as boas características de quando eramos crianças faz parte da nossa evolução. Por que não podemos crescer sem nos desapegar da infância? As vezes quando vemos crianças brincando quase não entendemos as brincadeiras, as mesmas que fazíamos na idade delas. É uma regra se tornar adulto e deixar de ser pelo menos um pouco infantil, ou tem como ser mais evoluído que isso e conciliar as duas coisas?
Acho que nosso maior problema está nesse regramento cronológico, com 18 anos somos adultos e devemos parar de fazer o que estávamos fazendo ontem. Acho que por isso foi inventado o cosplay, é a maneira de um adulto continuar fazendo "coisa de criança". Pena que com 60 anos já somos velhos e não podemos mais participar de qualquer atividade que não seja o bailão.
Acho que evoluir é derrotar o preconceito que cada um tem sobre si!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Rush Mob

É muito claro que a união faz a força, mas nossa força ainda está fraca!
Vendo esses constantes protestos que saem da tela do PC para as ruas, acabei percebendo que precisamos nos unir (de fato) para viver em uma sociedade realmente democrática. Nossas mobilizações têm dado bons resultados, mas, na minha opinião, ainda falta organização, objetivos mais definidos e, acima de tudo, coerência.
Já disse antes que não concordei com assassinato do Tatu, mas o movimento demonstrou força, essa transição do virtual pro real vem ficando cada vez mais forte, mas, assim como Majin Boo, essa entidade superpoderosa prefere saborear rapidamente uma barra de chocolate ao invés de digerir seu oponente lentamente.
(Obs: Ainda não entendi o motivo que salvou o quiosque do Banrisul no mês seguinte ao do ataque do Tatu. O quiosque do banco privado mais tosco do mundo estava ocupando o mesmo espaço que incomodara tanto um mês antes...
E de novo eu digo: se queres ser comunista, sai do Face, larga teu Iphone e vai pra Coreia do Norte")

Mas o que me trouxe a escrever novamente foi justamente as mobilizações que tenho visto nessa semana em torno da tragédia de SM. Não vejo necessidade de tantos compartilhamentos e tantas notícias sobre o episódio, se deixarem de especular e passarem a fazer alguma coisa pra ajudar efetivamente será muito mais saudável. Hoje estou indo ao Hospital de Clínicas doar meu valioso sangue A- pra fazer o que posso, por enquanto. Estou fazendo a minha parte na tentativa de racionalizar esse recurso que a tecnologia nos proporciona. Sem postar charges, notícias, casos, fotos, etc. Só estou indo lá na Rua São Manoel, 543 (atrás do hospital) e sei que serei o herói de alguém!